Entendemos como conto uma narração breve criada por um ou vários autores, que pode estar baseada em factos reais ou fictícios. A trama destes está protagonizada por um grupo reduzido de personagens e o seu argumento é relativamente simples. Estes textos podem ser transmitidos tanto de forma escrita como oral, uma vez que também estão feitos para contá-los. O objetivo dos contos não é outro senão despertar uma reação emocionante e impactante no leitor. Também podem incluir um ensinamento que ajude os mais pequenos no seu dia a dia.

Os contos têm uma estrutura de três partes, que na BABIDI-BÚ desmembrá-mos para que possas escrever o teu conto.

ÍNDICE DO ARTIGO

  1. As partes de um conto
    • Introdução
    • Desenvolvimento
    • Conclusão
    • Uma estrutura fixa?
  2. Bibliografia

As partes de um conto

Todos os tipos de contos são divididos em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Geralmente, é normal, sobretudo nos contos infantis, que sigam esta estrutura para construir as histórias e que sejam compreensíveis para o público a que se dirigem. O habitual é que o conto tenha uma apresentação das personagens, um desenvolvimento que apresente a problemática a superar e a conclusão, que costuma consistir num final feliz. Pelo menos nos contos infantis.

Introdução

Esta parte do conto coincide com o início da nossa obra. Será nesta parte que apresentaremos o início da história, os personagens e os cenários. Aqui teremos que indicar ao autor como vai ser a nossa narração, o que vamos propor com o nosso conto e quem são os personagens e como eles se vão comportar durante a trama. O que apresentamos na introdução é o que se altera ou rompe no desenvolvimento.

Nesse sentido, supõe o momento da apresentação dos personagens e o início da nossa história. Aqui poderemos descrever os cenários, as personagens, como são, como se vão comportar… Tem em mente que é na introdução que se detalham todos estes aspetos. Não tem sentido apresentar estes elementos nem no desenvolvimento, nem na conclusão, visto que a estrutura não o permite.

Além disso, é importante que tenhas definido o publico ao qual te vais dirigir, visto que a composição será completamente distinta se se tratar de um conto adulto ou de um conto infantil. No caso dos contos infantis, é muito recomendável que não sobrecarregues o conto de personagens e cenários. Tal apenas se tornará num problema de compreensão para os mais pequenos. E como deves imaginar, não escrevemos um livro para uma criança de cinco anos da mesma forma do que para uma de doze.

Depois de já te sentires esclarecido relativamente ao que fazer na introdução, e de já teres feito a apresentação do teu conto, é hora de passar ao desenvolvimento da história.

Desenvolvimento

No desenvolvimento levantamos o conflito ou problema que surge após a introdução da nossa história e que os nossos personagens deverão resolver para chegar à conclusão. É nesta seção que ocorrem os eventos mais importantes da nossa história.

O desenvolvimento é a parte mais importante dos contos, visto que é o que o distingue de outro gênero literário. O sucesso do nosso conto vai depender dele, pois é o mesmo que consegue viciar o leitor, que por conseguinte, continuará a ler o manuscrito. Como dissemos, é a parte na qual implementamos o conflito . Não há espaço para apresentações. Os personagens devem interagir no cenário para tentar resolver essa abordagem que apresentámos.

Como te dizíamos anteriormente, a complexidade do desenvolvimento também deve ser adaptada ao público alvo. Tem sempre em conta que a leitura infantil deve ser um entretenimento para os mais pequenos. Portanto, evita criar histórias que possam ser muito complexas para o público a que te diriges. Uma vez que, se não o tiveres em conta, podes deixar o teu leitor aborrecido, fazendo com que não termine de ler a tua história.

Conclusão

A última parte dos contos é a conclusão, momento no qual resolveremos o conflito que apresentámos no desenvolvimento e qua alterou a introdução. É o final da nossa história. Pode acontecer que, alguns autores, decidam que não querem encerrar o conto desta forma. Se tal suceder, o final deve ser aberto. Quantas vezes já lemos ou ouvimos: e foram felizes para sempre?

No entanto, se decidires escrever um final aberto no teu manuscrito, deves ter em conta que o que deixas por encerrar é a história desses personagens, pelo que deves concluir o desenvolvimento. Um conto não pode terminar sem que tenhas dado uma solução ao conflito que apresentas-te. Ficaria inacabado, uma das piores decisões que podemos tomar ao escrever.

E, como acontece nas outras partes, o final do teu conto deve ser condicionado pelos leitores a que te diriges. Nos contos infantis é quase uma imagem de marca que estes tenham um final feliz. Um final no qual os protagonistas consigam resolver o problema expostos no desenvolvimento. Além disso, sobretudo nos contos mais tradicionais, tem-se como objetivo inserir algum ensinamento que permita aos pequenos leitores aprender uma lição. No desenvolvimento apresenta-se uma problemática que termine com a moral na conclusão. Todos conhecemos “A Cigarra e a Formiga”, e o ensinamento que a mesma engloba.

Uma estrutura fixa?

Estas são as três partes que estão presentes em todos os contos que já se escreveram. No entanto, pode surgir-te alguma dúvida ou até a curiosidade de alterar esta estrutura e criar um conto novo. Como já deves saber, tanto no cinema como na literatura, o recurso de Flashback é algo bastante presente nalgumas obras. Tem liberdade para escrever a história que quiseres. Mas, se for redigida aos mais pequenos o que recomendamos é que sigas a estrutura tradicional, visto que será mais fácil que leiam a história e a entendam sem problemas.

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Bibliografia

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