Talvez o género de aventuras seja um dos mais importantes da literatura na hora de captar a atenção do público. Quem não conhece o grande Júlio Verne e a sua literatura de aventura? 20.000 léguas submarinas, viagem ao centro da Terra… São apenas dois dos exemplos de um género que se tem caraterizado pela sua elevada difusão junto do público. Este tipo de literatura é um dos favoritos entre os leitores, que desfrutam ao mergulhar nas suas páginas e a apreciar a sua história.

Apesar de ser uma tipologia de livros que capta a atenção do público, pelos diferentes cenários e histórias que transmitem, a verdade é que conseguir escrever uma boa história de aventura não é tarefa fácil. A esta dificuldade, temos de acrescentar a complexidade que é adaptar a história ao público infantil ou juvenil. Embora não exista uma fórmula exata, abaixo oferecemos-te algumas das ferramentas para saberes como escrever um livro de aventuras juvenil.

ÍNDICE DO ARTIGO

  1. Como escrever um livro de aventuras juvenil?
  2. Elementos a trabalhar para escrever um livro de aventuras juvenil
  3. O artefato, um fator indispensável
  4. A construção dos personagens
  5. Criar a história
  6. O cenário, o elemento fundamental
  7. Últimas considerações
  8. Como publicar o teu livro de aventura juvenil

Como escrever um livro de aventuras juvenil?

A primeira coisa que devemos fazer para escrever um livro de aventura juvenil é saber identificar este subgénero literário. A novela de aventuras é um género literário que conta diferentes histórias sobre viagens, mistérios e riscos. Uma das suas características é a ação de dominar os cenários, fundamental para o desenvolvimento da trama. Nos argumentos desta temática, destacam-se caraterísticas como o risco, a surpresa e o mistério.

Ao tratar-se de novelas juvenis, temos de ter em conta o público a que nos vamos dirigir, adaptando a nossa escrita ao nosso público alvo. O número de personagens, o ritmo, tom… E até mesmo a complexidade da história. Tudo depende do público a que queremos destinar a história que vamos contar.

Além de ter claro a quem nos vamos dirigir, outro conselho que podemos oferecer-te é a leitura de muitas novelas de aventuras, para saber como são, como os seus autores as escrevem e o que contam. Como dissemos no início do post, Júlio Verne é a grande referência neste tipo de literatura. No entanto, existem inúmeros livros de aventura para desfrutar com as histórias que contam nas suas páginas. Se optares por escrever uma novela de aventura juvenil, opta por ler livros com este género literário. Neste ramo, J.K. Rowling é uma das autoras que mais se destaca.

Elementos a trabalhar para escrever um livro de aventuras juvenil

Ao construir a nossa história de aventura, devemos trabalhar numa série de aspetos que devem aparecer na nossa escrita. Estes elementos são: o artefato, os personagens, o enredo, o ambiente, os acontecimentos, o título da novela e o final, além de cuidar do ritmo e do tom. Depois de sabermos quais são os elementos, é hora de começar a trabalhar neles.

O artefato, um fator indispensável

Um objeto antigo, misterioso, com poderes sobrenaturais… É uma das peças mais recorrentes nos livros de aventura. O protagonista da nossa história estará ao longo do livro à procura deste artefacto. E tal pode ocorrer por vários motivos. Porque é necessário para salvar o mundo, porque existe uma obsessão por ele, porque é uma tradição familiar herdada de geração em geração e tem de a descobrir… Existe uma infinidade de motivos pelas quais o nosso protagonista deve procurar esse artefacto. Com base nisso temos de desenvolver a trama pelos diferentes cenários que vamos criar.

Contudo não é necessário incutir apenas o tesouro, também pode ser uma caça ao tesouro. Num livro juvenil, no momento de compor este artefacto, podemos fazê-lo com alguma complexidade, nunca exagerando muito. Por outro lado, se estamos a construir um livro de aventuras infantil, o artefacto deverá ser um elemento positivo para as crianças e a sua procura não poderá ser demasiado extensa devido ao tipo de público a que nos dirigimos. Em ambos os casos, são leitores que se estão a desenvolver (ainda mais nos infantis, logicamente), pelo que, complicar a escrita pode fazer com que os mesmos acabem por abandonar a leitura.

A construção dos personagens

Nesta secção, distinguiremos os três personagens que devem ser incluídos em cada livro de aventura juvenil. Estes são: o protagonista, o ajudante e o vilão. Ao escrever a nossa história, podemos incluir quantos personagens quisermos (nos livros infantis não é algo recomendável, visto que dificultaremos a leitura), mas estes três personagens devem estar presentes.

Ao criar o nosso protagonista, temos que interligá-lo a este artefato que comentámos. Ou o protagonista tem uma fixação por encontrar esse artefato ou esse tesouro, deixando tudo para procurá-lo e encontrá-lo, enfrentando uma panóplia de perigos e situações complexas. Será a figura principal sobre a qual construiremos uma trama emocionante, que provoque espanto ou maravilhas no leitor.

O ajudante será o companheiro de aventuras do protagonista, que poderá ajudar a resolver os problemas que surjam durante a sua pesquisa, ou até mesmo provocá-los. Se desejares podes fazer com que o protagonista e o ajudante tenham um romance à medida que a história avança. Este personagem, apesar da sua condição, poderá desempenhar um papel fundamental no momento em que o protagonista consiga alcançar o objetivo que procura.

Por último, temos o vilão. Esta personagem terá como objetivo principal colocar obstáculos ao nosso protagonista. O vilão também estará vinculado ao artefato ou ao tesouro que construimos. Será uma luta constante entre ambos para ver quem fica com o tesouro, através dos diferentes cenários pelos quais desenvolvemos a nossa história. Este será o personagem que mais colocará entraves ao protagonista, de forma a impedi-lo de se apropriar do artefato.

Criar a história

A trama do nosso livro de aventuras juvenil tem de ser interessante, visto que se trata precisamente de uma história de aventuras. O leitor deve querer adentrar as páginas do manuscrito e disfrutar da leitura. Também se podem colocar problemas ou situações perigosas, que o nosso personagem principal tem de resolver para ficar com o “prêmio final”. Para isso, devemos introduzir situações inesperadas, que consigam surpreender e entreter o leitor do nosso livro juvenil.

Pelo contrário, se decidirmos escrever um livro de aventuras infantil, deves lembrar-te que a história não pode ser complexa. O nível de leitura dos mais pequenos não permitirá fazê-lo, pelo que deverão ser tramas simples e com poucas personagens. Isto não quer dizer que seja uma história plana e aborrecida. Podemos criar uma história interessante, adaptando-a a um conto de aventuras para os mais pequenos.

O cenário, o elemento fundamental

Ao tratar-se de um género de aventuras, a descrição dos espaços é tão importante (ou até mais) como a elaboração de qualquer outro elemento que tenhamos na nossa obra. Nestes livros de aventura juvenis falamos de descobrir artefatos milenários ou mágicos, pelo que os cenários que construimos devem estar de acordo com isto. Consistirá no facto dos nossos personagens terem de descobrir estes espaços assombrosos e misteriosos, pelo que devemos criar uma correta ambientação.

À que ter em conta que para criar essa ambientação, devemos documentar. Como é o lugar ao qual levo o protagonista? Que costumes têm?… são alguns dos exemplos sobre os quais terás de investigar. Além disso, também é importante que o nosso relato tenha congruência. Congruência no que diz respeito aos espaços. No género de aventuras podemos construir a história que desejamos. Um objeto milenário inventado, um tesouro que atenta contra a humanidade, uma espada mágica… Neste sentido, a construção da nossa trama não requer que sejamos tão precisos quanto na hora de movimentar os personagens pela história.

Isto quer dizer que, se estamos a pensar em construir uma história na qual o nosso protagonista quer ir de Valência para o Japão, não poderemos afirmar que ele caminhará até lá num período de cinco horas. O género de aventura tem de manter uma relação próxima com a realidade.

E porque gozam desta importância? Bem, porque será no ambiente onde faremos com que os nossos protagonistas vivam as diferentes histórias do nosso livro. Situações de traição de um dos personagens aos protagonistas ou a vingança do vilão. Também pode acontecer que seja o próprio ambiente que dificulte a procura pelo nosso ator principal. Atravessar um rio, subir uma montanha, chegar a uma ilha proibida… O cenário tem um papel fulcral nos livros de aventura.

Últimas considerações

Para encerrar o nosso livro, os últimos dois elementos nos quais terás de incidir são o título e o seu final, para além de cuidar do tom e do ritmo.

No momento de construir o título do nosso livro de aventuras juvenil, devemos criá-lo de forma a que o mesmo nos convide a ler a nossa aventura. Um dos elementos mais recorrentes é utilizar o nome do artefacto ou o tesouro que o nosso protagonista vai procurar. Outra tendência é usar o nome da localização que criámos ou que decidimos usar para fazer o desenvolvimento da nossa história. Aqui é importante que sejas original. O final também deverá ter essa surpresa. E, em geral, o mesmo termina com a vitória do protagonista sobre o vilão, apoderando-se do tesouro ou do artefato.

Mas tens que trabalhar no final. Uma vez que a resolução que criares afetará a consideração do leitor sobre o seu livro.

Por último, ao tratar-se do género de aventuras, teremos que usar um ritmo e um tom vivo, que crie entusiasmo por ler a história. Evita explicar muito as localizações ou perder-te nos aspetos pouco relevantes da mesma. Mergulha na lenda do tesouro e do artefato, no desenvolvimento dos personagens e porque estão relacionados, e sobretudo na construção dos diferentes cenários pelos quais a nossa história passará.

Como publicar o teu livro de aventura juvenil

Após a árdua tarefa de escrever o teu livro de aventura, terás que decidir com qual editora vais querer publicá-lo. Hoje em dia, graças à internet, é muito simples contactar com uma editora para publicar a tua obra. Contudo, o motor de busca apresenta-te milhares de páginas que estão dispostas a publicar a tua obra. Como escolher uma boa editora?

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